Curiosidades

Conheça o homem que atravessava espadas no seu corpo sem se ferir

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Talvez você conheça histórias de faquires orientais que já foram perfurados por hastes metálicas, espadas e adagas, por exemplo. Afinal, apesar de bizarro e doloroso para a maioria de nós, mortais, a técnica de se perfurar e desviar de órgãos vitais é uma prática que claramente exige muita técnica e confiança. Mas e se disséssemos que esse “faquir”, chamado Arnold Gerrit Henskes – ou Mirim Dajo -, é na verdade um designer, e nunca gostou de ser chamado de faquir?

Aliás, melhor ainda, e se disséssemos que ele já teve seu pulmão, baço e coração (!) perfurados, e inclusive tirou radiografias disso? Ou que já perfurou seu abdômen em mais de 100 lugares diferentes, e, como num desenho animado, enfiava mangueiras pelos buracos para criar essa cena:

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E aí, tá levando a sério agora? Então pegue uma pipoca, porque estamos só começando. Afinal, você deve estar se perguntando “como esse cara conseguia fazer isso?”, e a resposta pra essa pergunta vai te trazer mais dúvidas ainda.

Esse holandês começou tudo com experiências paranormais diversas, como sonhar com uma sobrinha morta e depois conseguir desenhá-la com detalhes lembrando-se da experiência. Ou como quando desenhou uma tia sua, que morava África do Sul e ele jamais havia visto, apenas para conhecê-la anos depois e perceber que seu retrato era exatamente como a mulher real.

Em um episódio, ele acordou no meio da noite coberto por tinta, que estava em seu corpo, roupas e jogo de cama. Foi até sua tela, e percebeu que havia pintado dormindo. Depois disso, a coisa descambou pro sobrenatural, mesmo: telepatia, previsão do futuro, viagens astrais, invisibilidade e todo tipo de charlatonice ou poder sobrenatural – talvez jamais saberemos.

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O fato é que, finalmente, aos 33 anos o designer-faquir-professor Xavier acordou um dia e “percebeu” que estava invulnerável, ou seja, nada podia ferí-lo (como alguém percebe isso, não me pergunte). Então o artista foi pra Amsterdam, onde começou a permitir que lhe furassem com punhais e outras armas, engolia lâminas de barbear, vidro e pregos, que “desmaterializavam magicamente” de seu estômago. Também contava que já havia tentado ser queimado com ferro em brasa e levado dois tiros na cabeça, um na testa e outro logo acima do olho, onde tinha duas cicatrizes.

A explicação do homem era que seus poderes eram uma prova de Deus de que havia mais do que o mundo material para os homens, uma mensagem bastante bonita, apesar de feita de uma maneira bastante estranha. Mas, bom, “Deus escreve em linhas tortas”, não é mesmo?

https://www.youtube.com/watch?v=A2JQHBx1Tek

Pra melhorar, como você provavelmente percebeu pelas fotos, ele não sangrava. Já enfiou as mãos em água fervente, e elas nem ficaram vermelhas. Se cortava com lâminas envenenadas, enferrujadas, e nada acontecia. Uma vez quebrou o braço, mas ele mesmo o arrumou quase que instantaneamente.

Uma vez, quando Dajo realizava curas, um médico chegou e falou que aquilo não passava de sugestão. E o curado, que sofria de fortes dores de cabeça, indagou ao doutor: “se é assim, por que você me operou três vezes e me deu todos esses pós e pílulas, mas não me curou com essa sugestão toda?”. Outros chegavam a dizer que ele na verdade não fazia nada daquilo, e sim hipnotizava toda a plateia e espectadores para fazer acreditar nisso! Esse, na verdade, seria um poder mais maneiro ainda!

Entretanto, com ou sem poder, o que importa é que a plateia ia à loucura, de forma que os pagamentos tinham que ser até adiantados em seus shows, já que muita gente desmaiava. Uma até morreu de ataque cardíaco, enquanto o próprio Dajo perfurava o coração.

Mas o melhor fica pro fim. A verdade é Dajo tinha alguma relação estranha com metais que, vez ou outra (era raro), chegavam a entortar quando ele era perfurado, ficando até mesmo espiralados. Dajo explicava que sua técnica consistia e se “desmaterializar”, e por isso nenhum órgão era machucado e não havia sangue – na verdade, é como se ele não “existisse” onde era perfurado.

Então, em 11 de maio de 1948, ele ouviu uma voz que lhe ordenava engolir uma agulha metálica enorme, como uma de tricô. Ele já sabia que morreria, e informou seu assistente, De Groot, para que não participasse disso, assim não se sentiria culpado.

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Foi levado à um hospital, e, quando operado, entrou em transe profundo, ficando totalmente silencioso. Dez dias depois, morreu. A causa oficial foi um rompimento na artéria aorta. Mas como alguém com um rompimento na artéria fica vivo 10 dias?

A mensagem de Dajo, que abominava o materialismo e a vida sem espiritualidade – o que sempre dizia nas palestras que dava após suas “demonstrações” – foi sintetizada numa entrevista para um jornalista:

“Eu não sou artista, mas um profeta. Se você acredita em Deus, sua vontade pode dominar o seu corpo. As pessoas não acreditariam em mim se eu só começasse a falar. Mas depois de ver a minha invulnerabilidade eles crêem.”

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E você, acredita em quê depois dessa história? Qualquer explicação desafia toda a lógica que conhecemos, já que esse tipo de coisa jamais foi replicada e não há como a estudar: um mistério científico e histórico indecifrável, que agora você conhece. De nada!

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