quarta-feira, 1 de abril de 2015

5 Coisas incríveis em péssimos filmes de games

1. As Botas de Super Mario Bros

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Este é um filme ruim. Um filme realmente ruim. Lembro de ser uma criança pequena assistindo isso no cinema, tendo uma crise existencial, porque o meu cérebro ainda em formação não conseguia entender como eu estava num cinema, com um saco de pipoca, assistindo algo chamado de “Super Mario Bros: O filme” e ainda não estava me divertindo. Felizmente, no âmbito da epidemia de explicações desnecessárias, moda grunge nada original e montanhas de fungos, uma ideia brilhou intensamente.
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Eu estou falando das Mother Fucking Botas de Pulo!
Um dos maiores erros deste filme foi congestionar cada pedacinho iconográfico de Mario através de uma lente distópica de ficção científica que fez o Reino dos Cogumelos tão atraente quanto aquela camisa do fundo da sua gaveta. A única atualização legal eram essas botas de pulo com alguns amortecedores colados aos lados. Na verdade, é uma ideia divertida. Como é que Mario saltaria a alturas vertiginosas apenas com a força visceral de um encanador? A resposta é o calçado que lhe fornece esse poder.

2. As reações bizarras do público em Ace Attorney

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Uma adaptação muito, muito MUITO literal do primeiro jogo do Phoenix Wright, este filme tem muitos bons momentos, mas eles estão tão dispersos pelo filme com mais de 2 horas de duração, que foi uma luta assistir até o fim. Uma das escolhas mais inteligentes feitas pelo diretor feitas foi ter as excentricidades de um anime em oposição à seriedade da sala de tribunal com a mesma intensidade na qual o jogo é baseado. O resultado é que, de vez em quando, coisas assim acontecem:
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O filme faz um trabalho tão fiel ao ritmo do jogo, que acabou indo longe demais – apesar de ainda merecer uma continuação. Mas é divertido quando a narrativa muda casualmente pra cartoonlândia.

3. A cena em primeira pessoa em Doom

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No ano de 2005, quando Dwayne Johnson ainda era conhecido “The Rock”, os EUA estavam caminhando pra bolha imobiliária e um filme baseado em Doom foi lançado por, literalmente, nenhuma razão discernível. O que é decepcionante sobre este filme é como ele não tem ação o suficiente pra capturar a sensação de Doom 1 e 2, nem tem o humor ou atmosfera pra ser uma adaptação de Doom 3. O filme equivale simplesmente a água com gás – nada com nada. Também me lembro vagamente através da linha de enredo sobre pessoas que são “geneticamente más” ou algo assim, e isso é grosseiro.
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Mas há um momento que justifica toda a sua existência: a cena em primeira pessoa. Isso foi tão proeminente nos anúncios e trailers, que o rumor foi de que todo o filme seria contado a partir da perspectiva de uma arma. Infelizmente não foi o caso, mas nós conseguimos entrar em “Mode Rage” nessa sequência de Karl Urban.

4. Os efeitos de Goro em Mortal Kombat

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Por um tempo muito longo, Mortal Kombat foi uma história de sucesso deslumbrante do mundo das adaptações de jogos em filmes. Apesar de agora darmos risadas da estranheza pseudo-asiática e da performance sedutora de Christopher Lambert como um Deus do Trovão francês, um aspecto da produção que se destaca e ainda é fascinante: a monstruosidade de quatro braços conhecida como Goro.

Em 1994, o sol começava a se pôr pra indústria de efeitos analógicos – ou seja, sem auxílios digitais. Jurassic Park provou que o CGI era o futuro do cinema, mas essa ostentação ainda não tinha chegado pra filmes sem um orçamento do porte de Spielberg. Os efeitos digitais neste filme são brutos e amadores, mas cada vez que Goro aparece na tela, você está olhando como os efeitos de animatrônicos, maquiagem e stop-motion trabalharam juntos no auge da da capacidade. Décadas de experiência reunidas pra criar momentos como este pra vida:
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5. A atuação de Raul Julia em Street Fighter

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As lutas? Meh. O enredo? Lixo. O vilão? INESQUECÍVEL.
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Num mundo de enigmático, o Mr. Bison de Raul Julia é o supervilão megalomaníaco que outros atores sonham ser. Isto não é superestimar, isso não é “martelar”, isto é a felicidade da pura maldade de abandonar cada linha de diálogo. Basta ver esta cena clássica:

Nos anos desde a morte de Raul Julia – este foi famosamente um de seus últimos filmes, que ele aceitou porque seus filhos eram fãs do jogo -, o respeito que ele recebe por este papel continua crescendo porque cada gamer cínico ou estudante universitário que ironicamente pega este filme sempre vai continuar a pensar: “o filme era uma porcaria, mas que o cara foi incrível!”

“Pra você, o dia em que Bison tomou a sua vila, foi o dia mais importante da sua vida. Pra mim, foi uma terça-feira.”

Bônus: Este momento de Em Nome do Rei

Ninguém neste filme deu a mínima, a única razão pra ele existe é a falha no código tributário alemão, todo mundo na tela está visivelmente bêbado. Mas uma linha de diálogo vai me assombrar pra sempre:


Fonte: 1


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