Alien: Covenant tem muito sangue e pouca história

*Por Michel Toronaga – micheltoronaga@cine61.com.br

O filme Prometheus, de 2012, deu um novo gás para a franquia Alien. A trama mostrou eventos que aconteceram antes de Alien – O Oitavo Passageiro, primeiro título da saga. Além de trazer de volta o suspense e o terror, o longa respondeu várias perguntas sobre o misterioso universo da saga. E foi além – falava sobre a origem da vida humana na Terra. A continuação, Alien: Covenant, é a sequência de Prometheus e traz novamente a direção de Ridley Scott. Desta vez, o público vai acompanhar uma nave que viaja numa missão colonizadora.

Como sempre acontece em filmes de ficção científica, nem tudo sai como o planejado. É quando os tripulantes recebem um sinal no espaço emitido de um planeta que até então eles nem sabiam a existência. Lá, os astronautas entram em contato com partículas perigosas que dão origem aos alienígenas, garantindo momentos de horror. Diferentemente de todos os outros filmes do universo Alien, boa parte da ação se passa na área externa de um planeta e não no espaço. Então pode esquecer a claustrofobia e o perigo de ter uma criatura dentro de um local fechado.

Com um ritmo lento e muitos personagens, Covenant é um atraso na franquia Alien. A monotonia é quebrada pelos ataques ferozes dos aliens, que aparecem mais sangrentos do que nunca. É um ponto positivo para quem gosta da violência, mas isso não faz com que o resultado seja bom. Astronautas completamente despreparados que tomam decisões erradas a todo momento morrem sem que exista uma identificação com o público, uma vez que ninguém ali tem uma simpatia grande o bastante para merecer uma torcida. Além disso, um dos maiores problemas do roteiro é não avançar em relação à provocadora temática dos criação dos seres humanos.

O roteiro se encontra com a história de Prometheus quase na metade do filme. Os questionamentos em relação aos arquitetos (como são chamados os ETs gigantes) são deixados de lado. A missão da brava Elizabeth Shaw em encontrar as respostas sobre as origens de quem nos criou perde toda a força e passa a ser apenas um detalhe. Apesar de existir uma reviravolta na história e um interessante questionamento sobre a inteligência artificial e a capacidade de se tornar um “deus” em relação ao que se cria, o filme certamente é o mais fracos de todos da série.

Cotação do Cine61: DaiblogDaiblog

Veja aqui o trailer do filme Alien: Covenant:

 


 

Alien: Covenant (EUA / Austrália / Nova Zelândia / Reino Unido, 2017) Dirigido por Ridley Scott. Com Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup, Danny McBride, Demián Bichir, Carmen Ejogo…

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