O cemitério de trens abandonados de Uyuni, na Bolívia

em 22/05/2018


Locais abandonados, máquinas antigas, antigos cemitérios e ferros velhos em geral causam um efeito estranho em mim. Quem me conhece um pouco, ou quem conhece muito bem o blog Noite Sinistra, sabe que tenho um encantamento mais que especial por esse tipo de coisa, não apenas pela beleza de certos lugares abandonados, mas principalmente pelo lado imaginativo... sempre que vejo imagens e lugares assim me coloco a pensar no tipo de histórias de vida que tais objetos presenciaram.

Objetos antigos são testemunhas silenciosas da história e isso me deixa em chama. Gostaria de convidar os amigos e amigas a vislumbrar as imagens abaixo e quem sabe deixar a imaginação viajar tentando contemplar o quanto somos insignificantes perante o passar do tempo. Confiram essa matéria a respeito de um curioso cemitério de trens localizado na Bolívia.

Locomotivas e vagões do século XIX se acumulam nas cercanias do povoado de Uyuni, na Bolívia. Sim, bem próximo da maior planície salgada do mundo, conhecida popularmente pelo local onde o horizonte alcança o céu. Nestas belas fotografias de sabor pós- apocalíptico podemos apreciar os restos destas composições enferrujadas no meio da areia, por onde antanho passava a linha da ferrovia Uyuni - Antofagasta de transporte de minerais como prata e estanho.


Uyuni é conhecido há muito tempo como um importante centro de transporte da região e conecta várias cidades importantes. No início do século 19, grandes planos foram feitos para construir uma rede ainda maior de trens com centro nervoso em Uyuni, mas o projeto foi abandonado por causa de uma combinação de dificuldades técnicas e tensão com os países vizinhos. Foi assim que os trens e outros equipamentos foram deixados para enferrujar e desaparecer na memória da história.


A maioria dos trens que podem ser encontrados no cemitério datam do início do século 20 e foram importados da Grã-Bretanha. Em outros lugares do mundo, os poderosos trens de aço teriam resistido mais tempo, mas os ventos salgados que sopram sobre Uyuni, que hospeda a maior planície de sal do mundo, corroeram todo o metal e acabaram vandalizadas.


Como quase todas as empresas de turismo na cidade visitam o cemitério de trens mais ou menos na mesma hora, no final da manhã até o início da tarde, ele pode ficar entupido de pessoas, desencantando a atmosfera abandonada do local. Por isso é melhor visitar o local à noite ou de manhã bem cedinho, quando os "farofeiros" não chegaram. Na verdade dá para ir a pé do centro de Uyuni se você tiver um bom preparo físico ou alternativamente pegar um táxi (ou um Uber) por menos de 20 reais.


Curiosamente -e isto é o mais legal do turismo de Urbex-, estas carcaças oxidadas que foram em seu dia o símbolo do progresso daquela época, são agora peças de um museu ao ar livre, que a natureza impiedosa e inclemente vem cobrando como sua propriedade. As belas imagens são do fotógrafo David Mercado.











Fonte: Mdig

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