Missao-Impossivel-Efeito-Fallout

Tom Cruise faz de um tudo em Missão: Impossível – Efeito Fallout para manter o gás da franquia.

As melhores intenções muitas vezes voltam para assombrá-lo. Em MISSÃO:IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT, Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe do IMF (Alec Baldwin, Simon Pegg, Ving Rhames), na companhia de aliados conhecidos (Rebecca Ferguson, Michelle Monaghan), estão em uma corrida contra o tempo depois que uma missão dá errado.

O filme é frenético e tenta não dar muito espaço para o público sentir falta de alguma novidade. Até porquê, o que desencadeia toda a plot de “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, é quase uma missão de série dos anos 70 (pra quem não lembra, exatamente de onde a franquia é inspirada).
O roteiro bem que tenta dar tempo de tela para os sidecicks, como a personagem de Rebeca Ferguson (“Boneco de Neve”), mas as câmeras estão voltadas realmente para Tom Cruise e Henry Cavill.

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Tom Cruise está claramente se doando, e não só como seu próprio dublê, como na cena em que ele quebrou o tornozelo (e está originalmente no filme). Mas tentando trazer como produtor também, novos interesses a franquia. Tudo isso através de muita atenção aos pontos que fãs gostam nos filmes de Missão: Impossível. Tom domina como ninguém o estilo de ação que Missão: Impossível propõe e se adapta a todos os desafios do filme.

Já Henry Cavill, que poderia ter facilmente sua identidade como vilão escondida durante a divulgação, acaba se mostrando um vilão fisicamente imponente, sempre disposto a quebrar costelas, mas no pacote também vem uma atuação limitada do ator. Se desvincular por alguns momentos do Superman parece motivar Henry, mas a escalada simples do personagem e o próprio Cavill, não ajudam muito. Um combo que relegando o vilão a uma ameaça de boa aparência e socos pesados.

Com pouco espaço para o humor, “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, traz pequenas viradas. Em sua maioria usando um velho truque que o público espera desde o primeiro filme.  Porém, como o próprio longa reconhece, não importa o quanto seja “manjado”, as pessoas ainda vão cair no Halloween da I.M.F.

As coreografias de luta corpo a corpo estão excelentes, usando bem o tipo físico dos protagonistas. E se prestarmos atenção, também parecem ter recebido muita inspiração do recente sucesso de ação, John Wick. Por causa de seus combates mais realistas, em chão, principalmente.

Missão Impossível - Efeito Fallout - Tom Cruise
Tom Cruise em mais uma de suas façanhas

Um aspecto que sempre contribui para a qualidade das cenas de ação é a edição de som, destaque para a big cena de luta num banheiro de balada, que parece o paraíso dos efeitos sonoros. As perseguições são comuns (para os parâmetros da franquia), até que chega uma bela sequência de helicópteros que te faz lembrar o clássico Top Gun, com Tom Cruise em pessoa pilotando cheio de estilo e  realizando verdadeiras insanidades.

Principalmente nas perseguições, o diretor Christopher McQuarrie procura usar uma câmera próxima a ação, o que dá um senso de perigo e urgência. Claro, ele tem “sorte” de ter um protagonista fazendo todas as cenas, e assim não ter que fazer cortes mirabolantes para esconder o rosto.

Por incrível que pareça a trilha sonora atrapalha um pouco o desenvolvimento da ação. Pesada, exagerada e usada em excesso, chega ao ponto de lembrar uma cena de novela em determinados momentos. Como na cafona imagem de Tom Cruise desolado num telhado enquanto uma câmera gira ao seu redor, e a trilha dramática vai subindo.

Enfim, como filme de ação, “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, ainda entrega bem tudo que se espera dele, paga com diversão seu ingresso. Mas como franquia, a fórmula que respirou em Protocolo Fantasma, agora já deu sinais de cansaço. Ainda é bastante eficiente, no entanto não tem muito mais o que apresentar que já não tenhamos visto Ethan Hunt ou qualquer um de seus imitadores fazer.  Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.

OBS: Não há cena pós – créditos.

Nota de filme - Crítica