Dor na relação sexual não é normal

Dor na relação sexual não é normal

Você já deve ter ouvido falar que é normal mulher sentir dor do inicio da vida sexual, né? E quando essa dor permanece?! AAaahhh, deve ser normal também! Já que outras mulheres também relatam sentir algum tipo de incomodo ou dor na hora do sexo, não é mesmo!? Se olharmos apenas do ponto de vista estatístico, podemos dizer que sim, a probabilidade de mulheres apresentarem queixa de dor na relação é alta, mas será que isso é “normal” do ponto de vista da saúde e sexualidade desta mulher?

Estudos mostram que aproximadamente 17% das mulheres brasileiras relatam sentir dor na relação sexual. No início da vida sexual a prevalência é maior, com 23,9% das mulheres entre 18 e 25 anos relatando sentir dor. Embora os dados estatísticos apresentados anteriormente mostrem que não é raro/incomum mulheres vivenciarem dor em algum momento da vida sexual, esses dados não podem ser usados para justificar que essa experiência faz parte de uma vida sexual saudável, prazerosa e excitante, muito pelo contrário.

Se você é uma dessas mulheres que sente dor na relação sexual ou até mesmo nem consegue mais tentar ter penetração devido à experiência dolorosa que este ato te proporciona, quero te dizer três coisas:

  •  Essa dor não é “normal”;
  •  Você não deve se “acostumar” em continuar tendo relações sexuais com penetração parcial, dolorosa ou impossibilitada;
  • E a melhor notícia é que EXISTE TRATAMENTO!

Se você já tentou tratar esta dor com seu/sua ginecologista, mas nenhuma causa física foi encontrada que a justifique (como por exemplo, DST, infecção vaginal e etc); se você considera que sua vida sexual não é prazerosa e excitante como você gostaria e em certos momentos você chega a se sentir uma extraterrestre, já que parece que você é a única pessoa no mundo que deve ter este tipo de dificuldade no sexo, é possível que você tenha uma disfunção sexual conhecida como “transtorno da dor genitopélvica/penetração”.

O diagnóstico correto é dado por um(a) fisioterapeuta pélvico ou ginecologista que entenda de disfunções sexuais.

O tratamento eficaz é feito de forma multidisciplinar, com:

– sessões de fisioterapia pélvica,

– psicoterapia com um psicólogo que entenda de disfunções sexuais e

– um ginecologista, como já mencionando.

Mesmo sendo uma dor física, como psicóloga, te digo que para superá-la completamente é necessário que você entenda bem as emoções e pensamentos relacionados a ela e que podem impedir seu avanço no tratamento. Você também precisará de ajuda para lidar com as frustrações que podem surgir ao longo do processo até a alta.

Se você se interessou por este assunto e deseja receber dicas e orientações para conseguir superar o transtorno da dor genitopélvica/penetração, siga o perfil @vaginismotemfim no Instagram.

 

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