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AMITYVILLE, DE JAY ANSON - BOOK REVIEW


Casas mal assombradas habitam nosso imaginário desde sempre. Seja pelas histórias contadas no cinema, seja por aquela casa da sua cidade, que sempre teve um ar que tinha algo errado ali. Quem não tinha (ou tem) uma casa assim para contar algum história?

Desta forma, o escritor Jay Anson explora a casa do horror através do seu livro, e a Darkside Books abre as portas do inferno para nosso deleite.

O livro, previamente publicado com o título de Horror em Amityville (mesmo do filme), explora o caso, talvez o mais conhecido da história por conta dos filmes, continuações e remake (Acesse aqui para conhecer todos). O mais interessante fica por conta do fato de ser um caso trágico e real, e numa casa com identificação visual marcante. Todo mundo que a viu, não esquece sua forma (veja a foto abaixo). A obra ganhou nova (e bela) roupagem pela Darkside, com tradução de Eduardo Alves.

A nossa descida ao inferno começa com o reverendo John Nicola nos submergindo nas trevas que estão por vir. Jay relata a experiência dos Lutz enquanto residiam na demoníaca residência. John discorre sobre os fenômenos paranormais, comuns desde sempre, mostrando seu respeito por um mundo tão misterioso que nos cerca.

Como não poderia deixar de ser, Amityville atraiu a atenção da mídia, mas de acordo com Jay Anson, foi para o escritor que a família Lutz decidiu revelar sua história completa. Desde o primeiro dia de George Lutz na casa, ele já sabia dos assassinatos que acontecera ali. O livro conta a história como supostamente tenha ocorrido. De certa forma, quebra nossa ideia cinematográfica para os fatos, pois situações ocorrem do nada..e somem por tempos, tornando a leitura da obra de não ficção, de certa forma, menos emocionante, para que busca ganchos a cada capítulo. A obra é um documento do que aconteceu (ou pelo menos, como a história foi passada para o autor). Vejam agora detalhes dos crimes: 

Os Defeo 

O ano é 1965, a família Defeo compra uma bela e grande casa na Avenida Ocean, de número 112. Foram morar na casa, além do Senhor e Sra Defeo, seus 5 filhos, e todos esperavam viver uma vida tranquila. Como em quase toda família, os Defeo enfrentavam problemas familiares, causados pelo filho mais velho, Ronald “Butch” Júnior, que era viciado em drogas e praticava pequenos furtos para sustentar seu vício.

Por causa deste comportamento, eram comuns as brigas de Ronald “Butch” Júnior com seu pai, Sr. Ronald Defeo. Mas a vida da família iria mudar no dia 13 de novembro de 1974, pois o filho problemático Ronald, por um motivo desconhecido, resolveu matar todos os membros de sua família.
Com a ajuda de uma carabina, ele foi até o quarto dos pais e os matou, depois foi no quarto de cada um dos seus irmãos e disparou contra eles também. Para finalizar, assassinou as outras duas irmãs. A polícia logo prendeu Ronald “Butch” Júnior, que no início dizia que os pais tinham envolvimento com a máfia. À polícia ele disse que “Começou tudo muito rápido. Assim que comecei, não consegui parar. Foi tudo muito rápido”.
Ele foi julgado e condenado a mais de 100 anos de prisão, e atualmente está na prisão Green Haven, no julgamento ele se contradisse: primeiro disse que matou os familiares ao ser possuído por “forças malignas”, e depois deu a culpa para a irmã, que teria planejado e executado o crime, e ele a teria matado em legítima defesa.

Algumas coisas estranhas aconteceram durante os assassinatos, fatos até hoje sem explicação: Todos foram mortos enquanto dormiam e por algum motivo ninguém acordou com os disparos. Todos foram colocados de bruços antes de serem atingidos. Nenhum vizinho escutou o barulho dos tiros de sua carabina, uma arma barulhenta. 

O crime

Por volta das 3:30h, na noite de 13 de novembro de 1974, Ronald DeFeo Jr. dirigiu-se até o Henry's Bar, em Amityville, Long Island, Nova Iorque e disse: "Vocês tem que me ajudar! Acho que minha mãe e meu pai foram baleados!". DeFeo e um pequeno grupo de pessoas foram então para o número 112 da Ocean Avenue, localizado não muito longe do bar, e concluíram que os pais de DeFeo foram realmente mortos. Um integrante do grupo, Joe Yeswit, fez uma ligação de emergência para a polícia do condado deSuffolk, que fez busca na casa e descobriu que seis membros daquela família foram mortos em suas camas.

Todos os dias, por volta das 3:15 da manhã, Ronald Defeo acordava com uma voz dizendo "Mata a tua família, mata a tua família!", até que chegou o dia em que já não conseguindo mais suportar essa voz maléfica, ele fez o que o espírito tanto lhe pedia.
As vítimas eram o negociante de carro Ronald DeFeo de 43 anos, Louise DeFeode 42 anos, e quatro de seus filhos: Dawn de 18 anos; Allison de 13 anos; Marc de 12 anos e John Mathew de 9 anos. Todos tinham sido baleados com um rifle modelo Marlin 336c calibre 0.35, cerca de três horas da madrugada daquele dia. Os pais DeFeo tinham sido baleados duas vezes, enquanto as crianças tinham sido mortas com um tiro apenas. A família DeFeo ocupava o endereço nº 112 da Ocean Avenue desde que o compraram em 1965.

Ronald DeFeo Jr. era o filho mais velho da família, e também era conhecido como "Butch". Ele foi levado para a delegacia local para sua própria proteção, depois de sugerir a policiais na cena do crime que as mortes tinham sido realizados por uma máfia ligada a um homem chamado Louis Falini. No entanto, uma entrevista com DeFeo na delegacia logo revelou inconsistências sérias na sua versão dos acontecimentos e, no dia seguinte, ele confessou a autoria dos assassinatos. Ele disse aos detetives: "Quando comecei, eu simplesmente não conseguia parar. Passou tão rápido."

Saíram os Defeo, entraram os Lutz.

Um ano depois do massacre da família Defeo, a casa foi vendida, mais precisamente em dezembro de 1975. A família Lutz, que era composta por George e Kathy Lutz seus 3 filhos Daniel(filho apenas de Kathy) de 9 anos, Christopher, de 7 e Missy, de 5. Mesmo sabendo da história trágica da casa, os Lutz diziam não se importar e mudaram-se para ela, mas antes levaram um padre para abençoar o local. Não funcionou pelo visto, pois a família Lutz ficou somente 28 dias no local.
Eles simplesmente fugiram, deixando todas as suas coisas para trás! Relataram que surgiam enxames de moscas do nada, portas e janelas abriam e fechavam abruptamente, mãos invisíveis os arranhavam durante a noite, ouviam barulhos, sons de tiro e até visões de fantasmas, enfim, o local estava mal-assombrado. 20 dias após os Lutz fugiram. 

No epílogo da obra entram em cena o famoso casal de investigadores paranormais, hoje resgatados pelos filmes Invocação do mal, Annabelle e a Freira: Estella e Ed Warren.

Eles foram chamados por Marvin Scott, um repórter com o Canal 5 NY que tinha coberto a história de Amityville e trabalhou em pesquisas anteriores com Warren. Uma equipe de jornalistas, pesquisadores e parapsicólogos foram montados por Ed Warren se encontraram na casa.  A família Lutz se recusou a voltar a entrar na casa durante a investigação. Durante a pesquisa Ed foi fisicamente empurrado para o chão, enquanto uma provocação religiosa era usada no porão, Lorraine também foi esmagada pela sensação de uma presença demoníaca e foi atormentada por impressões psíquicas dos corpos da família DeFeo.

Também emergiu que história que a terra fora usada por John Ketchum. John Ketchum era um feiticeiro e tinha uma casa sobre a terra antes da construção dos holandeses coloniais em 1924. John pediu que seus restos fossem enterrados na propriedade, onde permanecem até hoje. Os índios Shinicock também tiveram uma parte nesta terra que foi usada para abrigar doentes e loucos, onde eram deixados para morrer.

Os Warren acreditam que o sofrimento tinha deixado a propriedade com uma energia muito negativa. Que contribuiu como um ímã para os espíritos demoníacos e sobrenaturais. Os Warren acreditam que estas energias tem impactos diretos na vida, tanto a Defeo e Lutz. Os Lutz venderam o resto de seus pertences e se mudaram para a Califórnia. Não houve outros relatos de atividade dos atuais moradores. 
A leitura de Amityville pode ser complementada com o livro sobre Ed e Lorraine Warren: Demonologistas, do autor Gerald Brittle e com o livro Exorcismo, do jornalista Thomas B. Allen, pois as três obras se tratam de questões relacionadas ao universo sobrenatural e foram escritas com a proposta de levar as informações adiante,  e não deixam de entreter com seus temas macabros.

Sobre o autor:

Jay Anson nasceu em 04 de novembro de 1921, em Nova York. Escritor e roteirista de diversos curtas de documentários, sua fama chegou ao ápice com Amityville, publicado originalmente em 1977. Após isso, chegou a escrever 666, livro que também lidava com a temática de casas mal-assombradas. Faleceu em 12 de março de 1980, aos 58 anos.

Ficha Técnica:

Título: Amityville
Escritor: Jay Anson
Editora: DarkSide Books
Número de Páginas: 240



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