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MORREM CAIO JUNQUEIRA, JAMES FRAWLEY, JONAS MEKAS E ANDREW VAJNA

CAIO JUNQUEIRA, JAMES FRAWLEY, JONAS MEKAS E ANDREW VAJNA

Como de costume, prestamos nosso tributo semanal aos que se foram nesta semana ligados ao mundo cinematográfico: 

Caio Junqueira

Em 1985, aos nove anos de idade, Caio estreava na TV Manchete ao lado de grandes nomes como Diogo Vilela, Guilherme Osty e Zezé Polessa no programa humorístico Tamanho Família. Logo, foi para a Rede Globo, para participar, ao lado do meio-irmão Jonas Torres, da série Armação Ilimitada. Desde então, formou um extenso currículo na TV, nos palcos e, sobretudo, no cinema. Também na Globo, fez Desejo, Barriga de Aluguel, A Viagem, Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, Malhação, Hilda Furacão, Chiquinha Gonzaga, Aquarela do Brasil, Um Anjo Caiu do Céu, O Quinto dos Infernos, O Clone e Um Só Coração. Participou também de episódios em seriados como A Vida Como Ela É, Brava Gente e Sexo Frágil. Em 2004, ganhou destaque ao integrar o remake da novela A Escrava Isaura, onde interpretou o abolicionista Geraldo, melhor amigo do protagonista e que tentava salvar das visões racistas a mimada Malvina.


Participou em cerca de dez curtas-metragens e 15 longas, que incluem, entre outros, Zuzu Angel, Abril Despedaçado, Quase Nada, For All - O Trampolim da Vitória; e os indicados ao Oscar Central do Brasil (1998) e O Que É Isso, Companheiro? (1997). Recebeu o prêmio de ator revelação no Festival de Gramado de 1997, pelo filme Buena Sorte (1996). Um de seus trabalhos de maior expressão e projeção aconteceu com sua participação no filme Tropa de Elite, lançado em 2007, no qual interpretou o aspirante Neto Gouveia - um dos personagens centrais do filme. O filme, que criou grande polêmica e frequentou a mídia mesmo antes de sua estreia, trouxe Caio de volta à TV. Em 2007, o ator fez uma participação especial na novela Paraíso Tropical e o personagem principal do programa Linha Direta Justiça, interpretando o Cabo Anselmo, ambos na Globo. Em seguida foi escalado para a novela Desejo Proibido, onde viveu o engenheiro Gaspar.

Em 16 de janeiro de 2019, sofreu um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo, e foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto em estado grave.


James Frawley

O cineasta James Frawley, que assinou clássicos da TV e do cinema como "Os Monkees" (1966-1968) e "Muppets: O Filme" (1979), morreu na última terça-feira (22) em Indian Wells, nos Estados Unidos. A morte foi confirmada pelo "The Hollywood Reporter" nesta quinta (24). Frawley tinha 82 anos e estava internado após sofrer um ataque cardíaco. A mulher do diretor, Cynthia Frawley, revelou que ele sofria há anos de uma doença crônica nos pulmões.

Após alguns anos trabalhando como ator, o texano foi para trás das câmeras para dirigir a série "Os Monkees", que lançou o grupo pop de mesmo nome para o estrelato internacional. Frawley assinou 28 dos 58 episódios produzidos pela emissora americana NBC. O trabalho também lhe rendeu seu único Emmy, vencido em 1967. Frawley foi indicado outras três vezes: mais uma por "Os Monkees" (em 1968), uma por "Ally McBeal" (em 1998), e uma por "Ed" (em 2001). O diretor fez a transição para o cinema com a comédia dramática "Jogo de Intrigas", em 1971. Anos mais tarde, ele conheceu Jim Henson, o criador dos Muppets e um grande fã do trabalho dele em "Os Monkees".

Henson contratou Frawley para dirigir o ambicioso "Muppets: O Filme", que lançou a turma de fantoches em Hollywood. O cineasta testemunhou sobre a logística complicada de fazer um filme estrelado por bonecos em entrevista, anos mais tarde. "Se você pensar, nas cenas em que os Muppets estão no carro, você tem quatro homens adultos espremidos embaixo do assoalho. Eles precisam ter um monitor para conseguirem assistir às suas próprias performances, e é preciso ter alguém dirigindo o carro", recontou.

Frawley ainda deixou sua marca em filmes como "Férias da Pesada" (1985) e assinou episódios de "Smallville" e "Grey's Anatomy". A série médica da ABC foi seu último trabalho, em 2009.


Andrew G. Vajna

Andrew G. Vajna, produtor húngaro de filmes que esteve por trás de longas como "Rambo", "Evita" e outros sucessos internacionais, morreu em casa, em Budapeste, no domingo, após passar um longo período doente, informou o Fundo Nacional de Cinema da Hungria. Ao todo, Vajna produziu 59 filmes, incluindo "Evita", estrelado por Madonna, e os três primeiros filmes da série "Rambo", de Sylvester Stallone.

O produtor nasceu em Budapeste, em 1944, e aos 12 anos, quando a revolução húngara de 1956 contra o domínio soviético chegou ao fim, ele fugiu do país para o Canadá com ajuda da Cruz Vermelha. Ele voltou a encontrar sua família em Los Angeles.Uma de suas produções, a comédia de 1997 baseada em uma peça chamada "Out of Order", do dramaturgo inglês Ray Cooney, registrou o recorde de vendas de ingressos entre os filmes húngaros produzidos nas últimas décadas.

Desde 2011, ele trabalhou como comissário do governo do primeiro-ministro Viktor Orban, presidindo uma revitalização do cinema húngaro. Alguns filmes produzidos durante seu mandato como comissário ganharam centenas de prêmios internacionais. A produção "Filho de Saul" está entre eles após ter ganho um Oscar por retratar a vida em um campo de concentração nazista.

Como parte dos esforços de Orban para expandir sua influência sobre a mídia nacional, a Vajna também adquiriu um dos principais canais de televisão comercial da Hungria e tinha participações no mercado de rádio comercial.


Jonas Mekas

Pioneiro do cinema underground, Jonas Mekas morre aos 96 anos. Diretor influenciou artistas da cena de vanguarda da Nova York dos anos 1960 e 1970. 

"Jonas morreu em paz nesta manhã cedo", afirmou a instituição cultural situada em Nova York. "Estava em casa com sua família. Sentiremos muito sua falta, mas sua luz segue brilhando".

Embora a causa da sua morte não tenha sido divulgada, o jornal "The New York Times" afirmou que no ano passado Mekas foi internado em um hospital por causa de uma doença sanguínea pouco conhecida. 

Mekas foi protagonista de várias retrospectivas e agraciado com uma série de prêmios, entre eles uma estatueta no Festival de Cinema de Veneza, em 1964 pelo seu filme "The Brig". Também recebeu prêmios por sua obra nas associações de críticos de Los Angeles, San Francisco e Nova York. Suas obras foram incluídas nas edições de 2002 e 2017 do Documenta, importante mostra que acontece em Kassel, na Alemanha, a cada cinco anos, e também em 2003 e 2005 na Bienal de Veneza.

Ele nasceu na Lituânia rural em 1922 e chegou a Nova York no final dos anos 1940 após fugir dos campos de concentração nazistas e dos recrutamentos da União Soviética. Em 1958 se tornou o primeiro crítico de cinema do "Village Voice", um jornal cult de Nova York, onde se estabeleceu entre a comunidade vanguardista da sétima arte. Foi a partir de então que começou a idealizar formas de exibir filmes raros e desconhecidos do grande público. Com esse objetivo, ele co-fundou o Film-Makers' Cinematheque, onde se viam filmes que não chegavam ao circuito cultural dominante.

Depois, esse projeto acabou convertendo-se no Anthology Film Archives, um dos centros de referência de cinema experimental e filmes de difícil acesso para o público. Mekas seguiu sendo uma personalidade ativa no seu campo até o final da sua vida e apareceu em vários festivais de cinema e protestos, como o Occupy Wall Street, o movimento surgido em Nova York durante a crise econômica iniciada em 2008.



Fonte: Uol, Wikipédia, Terra, Globo.com
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