Imagine olhar para o céu durante um dia bastante ensolarado e perceber que o sol está acompanhado por dois pontos brilhantes, um à sua esquerda e outro à sua direita. Bizarro, não? Pois bem, apesar de ser incomum, esse fenômeno pode ser totalmente explicado pela ciência e possui um nome pra lá de curioso: parélio.

Um parélio é um fenômeno óptico que consiste no surgimento de pontos brilhantes em ambos os lados do sol. Esses pontos geralmente cobrem a mesma distância que o sol acima do horizonte, sendo que em alguns casos eles até podem ser vistos como parte de um anel ao redor do sol. O nome “parélio” é derivado da palavra grega “parhelion” que por sua vez significa “ao lado do sol”.

A formação de um parélio se dá através da refração e da dispersão da luz de cristais de gelo hexagonais suspensos em determinados tipos de nuvens. As nuvens do tipo cirrus, por exemplo, são as que podem causar com mais facilidade a formação desse fenômeno. Essas nuvem carregam consigo cristais de gelo que servem como um prisma, refratando os raios solares e fazendo o parélio surgir. Curiosamente, esse fenômeno também promove um círculo que se estende horizontalmente a 22 graus do sol, geralmente apresentando cores que não são nem saturadas nem puras, uma vez que se sobrepõem umas às outras.

o que e um parelio 1

Na maioria das vezes, os parélios surgem no nascer ou no pôr do sol, inicialmente aparecendo como manchas brilhantes de luz branca. Vale destacar que a luz é o principal fator que influencia a formação de um parélio. A forma dos cristais de gelo serve para determinar a sua forma, atuando como prismas para refratar os raios de luz. Curiosamente, as distâncias do parélio com relação ao sol e os ângulos dos raios solares também pode afetar as cores desse fenômeno atmosférico.

Vale lembrar que um tipo específico de parélio também pode se formar à noite, quando há uma lua cheia muito brilhante. Chamado de “paraselene”, esse fenômeno é ainda mais raro, pois só pode aparecer caso haja uma combinação muito específica de fatores, incluindo a intensidade do brilho da lua, a posição dos cristais de gelo das nuvens e até mesmo o ângulo com relação à Terra.

Fenômeno interessante, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!