O que a psicologia tem a ver com o emagrecimento?

O que a psicologia tem a ver com o emagrecimento?

Se você já tentou emagrecer e não consegue, ou possui dificuldades em manter seu peso esse artigo é para você.

Estamos atingindo níveis recordes de obesidade e sobrepeso e esses dados não são novidades. Em 2006, 42,6% da população estava com sobrepeso e em 2015 este índice subiu para 53,9%, chegando a atingir mais de metade da população brasileira. Observa-se também um crescimento da população obesa, que passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2015. (BRASIL, 2015)

Mas afinal de contas: se você sabe que precisa emagrecer, se há tanta informação disponível na internet (de graça, inclusive), se já consultou um nutricionista e se você já está na academia ou pratica atividades físicas, qual a dificuldade?

Saiba que a verdadeira causa pode estar em fatores psicológicos. E não estou me referindo somente à tão mencionada e responsabilizada “ansiedade”.

Vivemos numa era cheia de receitas, dicas, comparações, desafios e métodos mas, precisamos entender que antes de tudo isso, há um ser humano por trás da estatística, da gordura e do peso. O peso que as pessoas obesas ou com excesso de peso carregam, vai além do que é mostrado na balança ou nos números da fita métrica. É a carga emocional, é o sofrimento, é a culpa, é a sensação de fracasso.

Então, fique sabendo: comer é muito mais que uma decisão racional. Se fosse apenas isso, seria muito fácil: bastaria ter as informações corretas, seguir uma dieta prescrita e tudo certo! No entanto, não é assim que funciona. Não podemos ignorar outros aspectos que estão envolvidos na alimentação, como emocionais, culturais, sociais e simbólicos. E estes aspectos precisam ser tão bem analisados, quanto as funções nutricionais.

Além disso, tão importante, ou mais importante do que se come, é como se come. Isto é, precisamos entender quais as crenças, pensamentos e sentimentos que cada pessoa tem sobre a comida. E é aí que os fatores psicológicos entram. Isso prova que a psicologia não está relacionada somente à diagnósticos como bulimina ou anorexia, mas sim, possui a missão de ajudar as pessoas a viverem melhor e fazerem as pazes com a balança, com a comida e o mais importante: consigo mesmas!

Desta forma, te convido a pensar: Quais são suas expectativas em relação à perda de peso? Talvez você precise trocar o “peso ideal” por um peso viável. Que tal um peso, dentro de seu peso clínico, no qual se sinta bonita e atraente? Assim, você evita comparações e favorece à manutenção do peso. Como estão suas emoções? Você as leva ao prato? Somos movidos por pensamentos, emoções e comportamentos. O ato de comer é um comportamento, que não cura nenhuma ferida emocional, seja qual for. Como está sua autoestima? Cuide-se por se amar, não por odiar. Quem não se gosta, não se cuida e consequentemente, não emagrece.

Se você sabe o que fazer, mas não consegue, tem histórico de obesidade ou sobrepeso, engorda e emagrece, come compulsivamente, muitas vezes à noite, sem fome, sente-se culpado, está na hora de incluir a psicologia no seu programa de emagrecimento.

REFERENCIAS

ALVARENGA, M et al. Nutrição Comportamental. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde.Vigitel Brasil 2015 vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/16/vigitel_brasil_2015.pdf. Acesso em 18 ago. 2019.

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