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ROSSANA GHESSA - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

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Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entreviado (a) pelo cinema.

E hoje, com vocês a atriz  Rossana Ghessa.

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

R.G.: A minha relação com a área em geral sempre foi de puro amor. Amo interpretar, cantar, dançar. Na minha adolescência me arrisquei até nas artes plásticas pintando algumas telas, mas a minha escolha acabou sendo o cinema. Os meus preferidos sempre foram as comedia musicais românticas e divertidas, gosto também de filmes épicos com uma pitada de ficção. Os cinemas que mais frequentei na minha adolescência foi um cine teatro chamado Politeama que ficava em Jundiaí, onde morei ate os 14 anos. 

Depois quando nos mudamos para o Rio de Janeiro, fomos morar na praça seca em Jacarepaguá e tinha 2 cinemas que não lembro o nome, mas todo fim de semana passava filmes do Mazzaropi que eram muito divertidos. Já adulta e começando na carreira, fui morar na esquina da Avenida Atlântica com Barão de Ipanema e tinha do lado o Cine Riam. Andando uma quadra, o Cine Roxy que felizmente ainda esta lá, e bem perto na Avenida Copacabana tinha o cine Art-Copacabana. Hoje moro na Barra onde tenho mais de 30 cinemas a minha volta, o que me deixa muito feliz.


2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga  qual o filme mais importante da sua vida. E  há uma razão para a produção que citar ser destacada?

R.G.: O filme mais importante da minha vida e o que vivencio todos os dias: e a minha própria vida, que é muito rica em detalhes e situações inusitadas, outras maravilhosas, algumas trágicas e tristes, e outras sofridas (quem ler a minha autobiografia poderá vivenciar um pouco). Digo um pouco porque ainda tenho muita historia para viver e provavelmente escreverei o segundo capitulo.

M.V.: Bom, foi uma resposta poética, ainda que não tenha satisfeito minha curiosidade, e provavelmente do leitor ou leitora. 


3) Quem trabalha com cinema no nosso país, certamente o faz por amor. Recentemente, lançou a autobiografia La Ghessa. Como foi a concepção deste trabalho? Imagino que tenha sido uma aventura já que é uma nostálgica viagem no tempo ...

R.G.: E verdade. Fazer cinema no Brasil não basta só amor, tem que ter coragem, abnegação, se preparar para altos e baixos porque e uma profissão que não te oferece segurança, se conseguir pagar as contas do mês pode se dar por feliz. Conheço pouquíssimas pessoas que enriqueceram com o cinema, e a maioria são produtores.


Escrevi a minha autobiografia num momento de muita dor, pois eu havia perdido meu grande amor, meu companheiro de toda uma vida, e eu precisava de alguma coisa que ocupasse a minha cabeça e escrever foi a forma que encontrei para exorcizar a dor. O fato de reviver a historia da minha vida trouxe ele de volta, os nossos momentos de felicidade e muitas vezes tive que escrever entre lagrimas de saudade e isso foi muito sofrido.

M.V.: Ou seja, ainda que seja aos olhos do público uma autobiografia, foi para você um livro de autoajuda. 

R.G.: Exatamente.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história legal que tenha acontecido  durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco? Alguma história de bastidores, por exemplo…

R.G.: Para alguém como eu que têm no currículo 64 filmes, vários trabalhos no teatro, TV, shows e etc. e difícil destacar um porque todos foram importantes para o meu crescimento e amadurecimento como artista e principalmente como ser humano.


5) Bom, fale então sobre os filmes mais interessantes que trabalhou... 

R.G.: Interpretei varias historias clássicas entre eles destaco  Ana Terra, da trilogia o Tempo e o Vento do Eriço Veríssimo a quem tive o honra de conhecer e ouvir um elogio. Quando fomos apresentados eu ainda estava com o cabelo loiríssimo de Bebel, a garota propaganda (filme que havia terminado de rodar, como ele ficou me olhando, achei que era por causa do cabelo louro e me apressei em dizer que pintaria os cabelos de preto para rodar Ana Terra, mas ele respondeu que tinha certeza que loura ou morena faria um belíssimo trabalho.

 “Lucíola, o Anjo Pecador” do José de Alencar, também foi uma personagem incrível , um desafio e tanto. “Pureza proibida”  foi um salto de atriz para ser também produtora. No filme escolhi tudo: historia, equipe, elenco e diretor, foi difícil produzir e interpretar, mas consegui e isso me fez orgulhosa de mim e reforçou a minha coragem para as produções seguintes.


6) Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhosa? E em contrapartida, o que você  mais se arrependeu  de fazer, ou caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?

R.G.: As personagens que mais me empenhei foram  exatamente dos filmes citados acima: Ana Terra e Pureza proibida. O primeiro porque levamos um ano na preparação, diversas viagens Rio Porto Alegre para escolha das locações, e finalmente nos fixamos na terra de Eriço Veríssimo, Cruz Alta. O segundo porque toda a responsabilidade estava em minhas mãos, eu estava no comando de tudo não podia errar, mas felizmente apesar de vários incidentes entre os quais um desastre de automóvel e um suicídio. Por tudo que realizei ate o presente momento me sinto profundamente orgulhosa, e não me arrependo de nada do que fiz e faria tudo de novo igualzinho.


7) Para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.

R.G.: “Não se pode avaliar um artista por uma obra isolada mas pelo conjunto de sua obra”.

M.V.: Obrigado pela entrevista. Sucesso para você.


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