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ALÉM DA VIDA (2017) - FILM REVIEW

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O horário de funcionamento.


Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Em sua diversificada carreira, a atriz, roteirista e diretora Karen Moncrieff trabalhou com a morte como tema várias vezes. Para exemplificar, ela dirigiu episódios de A Sete Palmos, 13 Reasons Why, Home Before Dark e filmes como Pétalas ao Vento, O Mistério da Garota da Banheira, Teia de Mentiras, A Garota Morta e Além da Vida. Todos relacionados a morte. 

O filme que vou tratar neste post é "Além da Vida", cujo nome original é The Keeping Hours, e não tem nada a ver com o "Além da Vida" de 2009, com Christina Ricci e Liam Neeson ou com o "Além da Vida" de 2010, dirigido por Clint Eastwood. De qualquer forma, os  filmes lidam com o mesmo tema: vida após a morte.

Na trama, Lee Pace (Mark) e Carrie Coon (Elizabeth Wells)  são casados e felizes. O casal tem um filho, Jacob. No entanto, tudo começa a desmoronar quando o filho morre em um trágico acidente de carro após uma festa em comemoração ao casamento.  Os dois não sabem lidar com a perda e se divorciam e alugam a casa em que viviam. Anos depois, Mark retorna à casa para colocá-la em ordem, já que os inquilinos deram calote e a deixaram uma zona. Porém, ele fica apavorado ao ver o espírito de Jacob na casa, tentando se comunicar. A partir daí, o ex-casal tenta se reconectar e descobrir se Jacob realmente está lá ou é apenas coisa de mentes que não souberam lidar com a perda.

O filme é mais uma pérola da Blum House, produtora com sede em Los Angeles, que se tornou sinônimo de filmes excelentes, com orçamentos baixíssimos e com ótimos retornos financeiros. Basta citar obras como Atividade Paranormal, Corra, A Entidade, Uma Noite de Crime e Sobrenatural. Inclusive vários viraram franquias. Até nomes como M. Night Shyamalan encontraram refúgio na Blumhouse para se restabelecerem.

O modelo da empresa segue a  produção de filmes com um orçamento pequeno, dar liberdade criativa a seus diretores e lançá-los amplamente no sistema de estúdio. Ela foi fundada no ano 2000 por Jason Blum.

Além da Vida é uma ótima oportunidade de conhecermos melhor Lee Pace, que se destacou em papéis bem caracterizados (Ronan, o acusador em Guardiões da Galáxia e Thranduil, nos 3 Hobbit), mas aqui, o vemos com rosto mais "humano" e portanto, temos acesso a suas melhores qualidades como ator. Também temos a oportunidade de rever Amy Smart, de Caindo na Estrada, ótimo filme adolescente do ano 2000. 

A atriz Carrie Coon, que curiosamente também fez parte da Marvel (Vingadores: Guerra Infinita, onde ela faz Proxima Midnight, membro proeminente da Ordem Negra, uma equipe de alienígenas que trabalha para Thanos), dá um show, num papel difícil, sobre uma mãe que se sente culpada pela morte do filho, ao mesmo tempo em que precisa lidar com todas as mudanças que o presente lhe proporciona. Carrie fez ótimos papéis nas séries The Sinner, Fargo e Leftovers.

O roteiro de Rebecca Sonnenshine nos convida a uma imersão no passado do casal. A casa funciona como um catalisador de memórias vivas e emoções inconclusas. A reconexão dos dois parece uma necessidade do filho, já que sua morte foi a catalisadora da separação. Ao mesmo tempo, um novo drama surge por conta de uma dos protagonistas estar aparentemente, com uma doença terminal. Além da Vida é, sem dúvidas, uma história de despedidas, mas  em que a casa dá aos personagens a chance de exorcizarem seus demônios antes. 


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