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OPERAÇÃO FRANÇA II (1975) - FILM REVIEW

O sucesso de um filme não é planejado. Cada filme é feito por um grupo de pessoas que acredita no projeto e acredita no sucesso da obra. Mas mesmo assim, a resposta do público é inesperada.  Talvez não haja uma razão melhor para explicar os insucessos das continuações de filmes famosos, já que elas são planejadas para aproveitarem do sucesso do filme de origem.

Operação França 2 é uma continuação com pedigree. Ainda tem Gene Hackman e o vilão Fernando Rey. Na direção, o genial John Frankenheimer (de grandes filmes como O trem, Sob o domínio do mal e Ronin). E a história realmente "continua" a trama anterior, que termina de forma inconclusa. Nela, Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman), o detetive de Nova York, vai até Marselha, França, na tentativa de capturar Alain Charnier (Fernando Rey), o traficante de drogas que escapou entre seus dedos quando foi fazer um "negócio" em Nova York. 


Para complicar a missão, Doyle não fala francês e o detetive Henri Barthelemy (Bernard Fresson) não fica muito feliz com a presença de Jimmy, dizendo que Marselha não é Nova York. Doyle logo sente isto na pele quando a quadrilha de Charnier o captura lhe deixando confinado no quarto de um decadente hotel. Lá o detetive, segundo Alain, é drogado várias vezes, com o objetivo de deixá-lo viciado. Desta forma nem seria precisa matá-lo, pois um detetive viciado seria expulso da polícia.

Ao contrário da Operação França (1971), esta sequência é uma história totalmente original, e não baseada em quaisquer acontecimentos reais. O homem que inspirou Alain Charnier foi um traficante de drogas chamado Jean Jehan, que de fato escapou de volta para a França, onde mais tarde foi preso; no entanto, ele não pôde ser extraditado para os EUA porque os dois países não tinham um tratado de extradição. Mais tarde, ele morreu pacificamente na França, em vez de ser baleado por um policial americano.


Embora este filme seja uma narrativa fictícia, ele contém elementos baseados em eventos ocorridos algum tempo depois que o anel de heroína foi preso em Nova York. Dois detetives americanos (nenhum dos quais era Egan ou Grosso) foram a Marselha para tentar extraditar o chefão das drogas Jean Jehan de volta para a América para enfrentar acusações criminais. Depois de várias semanas esperando por uma atualização, os dois foram até um dos detetives franceses com quem estavam trabalhando e exigiram saber por que estava demorando tanto. 

O detetive, resignado, informou-os de que provavelmente Jehan nunca seria extraditado. Além de não ter tal política com o governo americano, Jehan havia lutado ao lado do presidente francês Charles de Gaulle durante a Resistência Francesa na Segunda Guerra Mundial e era considerado um herói de guerra com muitas conexões. Os dois inspetores americanos então voltaram para casa.


O aror Gene Hackman considerou recusar seu retorno ao personagem Jimmy "Popeye" Doyle. O motivo foi o tempo de lançamento entre os dois filmes, que, segundo o ator, prejudicaria sua carreira comercial. O diretor John Frankenheimer não sabia dos problemas que Gene Hackman tinha no joelho ao rodar a cena de perseguição de seu personagem a Alain Charnier. Apesar da dor que sentia, Hackman rodou a cena por completo e sem dublês. Segundo o ator, não foi preciso muito esforço para fazer a expressão de dor e determinação que a cena pedia. 

O laboratório de processamento de heroína foi construído pela máfia, com o set de filmagens sendo tão realista que fora protegido pela polícia francesa quando as filmagens não eram realizadas. A máfia ainda deu informações sobre os métodos usados por traficantes para conseguir heroína vinda dos Estados Unidos. 


O memorável grito de Doyle de "Mickey Mantle é uma merda!" durante uma sequência foi a fonte de muitos problemas para a produção e seu departamento jurídico. O produtor Robert L. Rosen teve que ir atrás do próprio Mickey Mantle (o jogador de beisebol) para obter sua permissão para a referência (que o depreciava). Depois de um longo telefonema, Rosen voou para a casa de Mantle em Dallas com uma cópia do filme, que foi exibida para ele e seu advogado. 

Quando Gene Hackman pronunciou a frase, Mantle surpreendeu Rosen não só com uma gargalhada, mas também insistindo que assistissem ao resto do filme porque ele e seu advogado estavam gostando muito. Mantle felizmente assinou um termo e a frase permaneceu no filme. A piada veio do fato de que Eddie Egan, o policial de Nova York que serviu de base para o personagem Jimmy Doyle em Operação França (1971), realmente fez um teste para os Yankees na juventude e jogou ao lado do então desconhecido Mickey Mantle .


As primeiras exibições do filme tinham 8 minutos a mais de duração. Posteriormente a 20th Century Fox optou por cortar duas cenas, sem o consentimento do diretor John Frankenheimer. Depois desse filme, a "20th Century Fox" planejava um terceiro filme "Operação França". Gene Hackman interpretaria "Popeye" Doyle mais uma vez e se juntaria ao comediante Richard Pryor como seu parceiro na tela. Com lançamento previsto para 1979, o filme nunca aconteceu.

Operação França (1971) foi um marco no cinema da Nova Hollywood e colocou na vitrine um dos grandes atores do cinema. A continuação é basicamente, um reflexo da obsessão imaginada pelos roteiristas, do personagem "Popeye" Doyle em capturar o vilão que fugiu no primeiro filme. E esta necessidade de fazer justiça (como se ela fosse desencadear o fim das drogas, traficantes e usuários), o leva ao submundo que ele mesmo combatia. 


Classicline lançou o box Operação França II em BLU RAY, que pode ser adquirido no site da empresa ou nas lojas parceiras. Abaixo, veja detalhes da edição. E para comprar, só clicar no link acima. 
O box pode ser comprado com os dois filmes ou em suas versões individuais.
 
➤Informações do filme e da edição:

Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey /  Gene Hackman, Fernando Rey, Bernard Fresson
Direção: William Friedkin / John Frankenheimer
Produtor: Philip D´Antoni / Robert L. Rosen
Roteiro: Ernest Tidyman / Alexander Jacobs, Robert Dillon, Laurie Dillon
Fotografia: Owen Roizman / Claude Renoir
Direção de Arte: Ben Weiner 
Ano de produção: 1971 / 1975 
Pais de Produção: Estados Unidos
Formato de tela: Widescreen
Cor: Colorido
Duração Aprox.: 103 min. aprox. / 119 min. aprox.
Idioma: Inglês, Português, Espanhol
Legendas: Inglês, Português, Espanhol

Extras: Comentários em Áudio de William Friedkin; Comentários em Áudio de Gene Hackman e Roy Scheider; Trilha Sonora Isolada; Curiosidades / Comentários em Áudio do Diretor John Frankenheimer; Comentários em Áudio de Gene Hackman e do Produtor Robert Rosen; Trilha Sonora Isolada; Um Bate-papo com Gene Hackman; Frankenheimer em Foco; Trailer; Galeria de Fotos.



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